sábado, 16 de abril de 2016

23 dicas para seu filho se dar bem na escola


Quanto mais os pais participam da vida escolar, mais os filhos aprendem.

O papel dos pais é fundamental no desenvolvimento dos filhos.


apoio dos pais e a manutenção de um bom ambiente familiar como extensão da escola são fatores indispensáveis para o desenvolvimento educacional dos filhos. A família pode colaborar de várias maneiras: participando das reuniões da escola e verificando o caderno do estudante diariamente; conversando sobre o cotidiano da escola - o que foi ensinado naquele dia; que tipo de trabalhos foram feitos com os colegas - e impedindo que o filho falte às aulas.
Veja a seguir como colaborar para que o seu filho se dê bem na escola a partir de dicas simples e práticas, baseadas em pesquisas e na experiência dos melhores profissionais da área no Brasil e no mundo.

1.       Ajude na melhoria do rendimento escolar
Pesquisas mostram que quando os pais acompanham e se envolvem com os estudos dos filhos, as notas dos estudantes aumentam significativamente.

2.       Pergunte o que ele aprendeu
É muito importante perguntar o que ele aprendeu nas aulas e mostrar que você está interessado na vida escolar do seu filho. Se puder, peça que ele lhe ensine algo novo –
isso vai ajudá-lo a fixar o conteúdo.

3.       Não o deixe faltar às aulas
Assistir às aulas todos os dias, do começo ao fim, é importante para entender as matérias e não perder o fio da meada. Não o deixe faltar sem necessidade! Nem mesmo chegar atrasado.

4.       Estimule-o a estudar
Filhos estimulados pelos pais a fazer os deveres têm um desempenho melhor. Atenção: estimular não é fazer a lição por ele, mas ajudá-lo a descobrir as respostas por conta própria.

5.       Combine um horário de estudo
Combine um horário para os estudos e separe um lugar da casa para isso. Se usar a mesa de refeições, por exemplo, tire o que puder atrapalhar. Ah, não se esqueça de desligar a TV, para que ele se concentre nos deveres.

6.       Mostre que estudar pode ser exigir esforço mas é um prazer
Estudar é a única obrigação do seu filho, certo? Mas, e se, além disso, fosse um prazer? Não seria melhor? Compartilhe esse momento. Acompanhe-o, ajude-o a chegar às conclusões sozinho e mostre interesse, mesmo se não souber a resposta certa.

7.       Seja paciente
Errar, já diz o ditado, é humano. E faz parte da aprendizagem. Se você tiver certeza de que o seu filho está errando, peça para ele ler novamente as respostas dos exercícios em que tem dificuldade. Nunca, nunca, o chame de burro, de lento, de lerdinho. Cada pessoa tem um tempo para aprender - respeite isso.

8.       Confira os cadernos
Olhe os cadernos e as apostilas dele e mostre interesse pelos trabalhos. Ao perceber que ele se dedicou, dê valor. Afinal, este é o trabalho dele nesta fase da vida.

9.       Pergunte nas reuniões
Nas reuniões de pais e mestres, pergunte qual conteúdo será desenvolvido em cada matéria e incentive a aprendizagem em casa.

10.   Converse sobre as notas
Se ele estiver com nota baixa, converse com o professor e veja como pode ajudar. Quanto antes ele começar o reforço escolar, melhor.

11.   Garanta o acesso aos livros
Pesquisas mostram que quanto antes as crianças tiverem acesso aos livros, melhor será o desempenho delas na escola, pois a leitura é base para todas as matérias. Atenção: não obrigue seu filho a ler. Estimule-o. A leitura tem de ser um momento de lazer e de prazer.

12.   Leia sempre
Leia sempre - é bom para você e excelente para o seu filho, que seguirá o seu exemplo naturalmente. Converse com ele sobre o livro, a revista ou o jornal que estiver lendo. Deixe seus livros ao alcance das mãos dele. Livro é para ser lido, não é para enfeitar prateleira.

13.   Abuse das bibliotecas/ livrarias
Faça uma ficha para o seu filho na biblioteca mais próxima da sua casa. Aproveite e se possível folheie livros na livraria.

14.   Passe tempo de qualidade com o seu filho
Muitas brincadeiras são verdadeiros estímulos. Principalmente aquelas que incentivam a leitura, a escrita ou os cálculos. Exemplos de brincadeiras legais: forca, caça-palavras, palavras cruzadas.

15.   Seja coerente
Seja coerente: suas atitudes refletem o que você pensa. Mostre que estudar é importante e ler, divertido. Estude e leia na frente do seu filho.

16.   Use dicionário
É importante buscar o significado correto das palavras para aumentar o vocabulário e a capacidade de expressão. Também é bom saber usar a grafia correta. Incentive o seu filho a não usar abreviações no computador.

17.   Escreva sempre
Escreva sempre que puder - bilhetes, cartas, e-mails, listas de compras... Pais que utilizam a escrita em casa ajudam na escrita dos filhos. Além disso, quem escreve melhor fala melhor!

18.   Acompanhe a qualidade da escola
Acompanhe a qualidade da Educação da escola de seu filho.

19.   Conheça os professores
É importante conhecer os professores do seu filho e se familiarizar com o ambiente que ele frequenta todos os dias.

20.   Valorize o professor
Apoie o trabalho dos professores e mostre que você admira a profissão. Afinal, eles serão os grandes responsáveis pela Educação de seu filho. Pergunte a eles o que será ensinado e como você pode ajudar.

21.   Converse com o professor
Converse com o professor do seu filho sempre que possível. Se não concordar com a opinião do professor, fale com ele a sós, ou com a coordenação e nunca na frente do seu filho. Ensine, sempre, o seu filho a ouvir o professor e respeitá-lo.

22.   Engaje-se na escola
Exerça a cumplicidade, não tenha vergonha de apresentar o seu ponto de vista à diretoria e aos professores da escola. Critique, elogie, faça sugestões sempre.

23.   Vá às reuniões escolares
É nas reuniões que você conhece a escola a fundo, acompanha o aprendizado, esclarece dúvidas gerais, vê seu filho sob outros pontos de vista.


sexta-feira, 8 de abril de 2016

Fica comigo?

Ninguém conseguirá nos entregar o que mais queremos em qualquer relacionamento: um colo eterno

O primeiro namoro passa, o primeiro trabalho, o terceiro apartamento alugado, a quinta decepção. Incontáveis pessoas passam. Até nós passamos: minha identidade de adolescente não chega a conhecer a identidade de avô. Diante de tanta impermanência, buscamos por refúgio. O que será que não passa? Ao valorizar a família e o casamento eterno, na verdade o que desejamos são seres que fiquem. Porque somos inábeis em cultivar relações duradouras, apostamos na conexão sanguínea, que nos obriga à continuidade. Funciona como uma garantia: você é meu irmão, não há como me largar. “Você entrou para a família” é sinônimo de “Agora posso contar contigo”. É muito mais raro nos posicionarmos de modo elevado para que isso surja com mais gente, então trocamos a grande família da humanidade por uma família que cabe em um churrasco. Isso explica a quantidade de relações nas quais ambos se agridem, mas nunca cogitam a separação — o outro só me atrapalha, mas ele volta pra casa há mais de dez anos… onde vou achar outra pessoa permanente assim? Não apenas nos primeiros beijos, desde a primeira mamada até a última exalação na hora da morte, repetimos o pedido “Fica comigo?”. Antes de uma pessoa querer ficar com você, ela quer ser feliz. Ninguém vai conseguir nos entregar o que estamos pedindo. Nós também não parecemos capazes de realmente estar lá pelo outro. Mal estamos lá por nós mesmos! Na romântica melodia I’ll Be There for You (Eu Estarei Lá por Você, em tradução livre), atente para a conjugação do verbo no futuro: nossa presença é promessa. Por mais que tenhamos bons amigos e familiares, eles não têm como parar tudo e olhar com calma para a nossa vida. É triste observar como uma pessoa pode sofrer e se enganar por décadas, sem que ninguém ao redor perceba. Estamos irremediavelmente sozinhos. Se ignoramos a realidade da solidão, nos apegamos e tentamos prender o outro. Por outro lado, não podemos evitar: estamos conectados. Se ignoramos a realidade da conexão, nos deprimimos e evitamos os outros. O fato de estarmos conectados coexiste com o fato de estarmos sozinhos, um não  reduz o outro. Quando nos comunicamos com a solidão do outro, estamos reconhecendo sua liberdade de ir embora a qualquer momento. O amor aumenta com a solidão. A má notícia é que seremos miseráveis enquanto teimarmos em exigir colo dos outros. A boa notícia é que seremos felizes na exata medida em que abandonarmos a esperança do colo prometido. É como se fizéssemos o voto de ficar para sempre não com alguns, mas com todos os seres – não abandonar, não desistir, beneficiar de mil maneiras. Como você se relacionaria se nunca mais fosse se separar? O segredo da nossa estabilidade é não mais precisar de colo. Claro, podemos dar e receber colo, mas o verdadeiro presente que oferecemos é aquele que o outro já tem: a mesma felicidade que descobrimos, essa de ser como o céu, sempre disponível, ou como a terra, imperturbável, apoiando tudo e todos sem distinção.
GUSTAVO GITTI é professor de TaKeTiNa (florescimento humano pelo ritmo). Seu site é gustavogitti.com